Foi numa fria, alegre e triste madrugada,
daquelas que um Camões casmurro cantaria.
Foi numa quente, triste e alegre pós-noitada,
das que um Cervantes antes rindo choraria.
Foi quando, farto já de prosa e de poesia,
eu quis versar nós dois em artes de outra alçada,
pois, em contraste, a falta que você fazia
virou imagem, cor, flor, nota assim tocada:
você posava aqui comigo o tempo todo
sendo pra mim tela e jardim que pinto e podo
e deixo livre, abstrata, clássica, como é.
Eu pra você sou todo um naipe de metais:
trompa, trompete, clarinete, flauta. E mais:
sax alto...sax tenor...flautim...fagote...oboé...
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sexta-feira, janeiro 27, 2012
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3 comentários:
Adorei!! Osculo teus olhos para que deles inspirem-se novas imagens e saiam como palavras...beijo...
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