sexta-feira, julho 02, 2004

A humanidade em quatro partes

Não entendo nada de numerologia,
mas um pouco de estatística me atingiu
durante os anos escolares.

De onde vêm os pensamentos de bar é óbvio:
da situação no bar, que tem menos convenções
do que as situações mais ordenadas.

Uma das coisas que já me ocorreram num bar
foi que o ser humano devia acasalar em grupos
de quatro pessoas, não de duas.

Não me peçam pra explicar. Eu explico pior:
cada pessoa teria quatro diferentes parceiro(a)s.
Diz o ditado: variedade é o tempero da vida.

A estatística que me sobra diz que num grupo
de quatro pessoas existem 64 combinações
diferentes: cada um sozinho, pares, trios...

Agora eu vou ferrar esse post de vez:
o poema a seguir me veio duma vez
num bar onde a poesia tem sua vez.


O EIXO CURITIBA - SEATTLE

Tenho transtorno afetivo
do tipo de Kurt Cobain,
falta só mais um pouquinho
para eu me matar também.


Puxa vida. Depois de escrever isso,
voltei pra casa, fui dormir
e sonhei que era poeta.

Quando acordei, não sabia mais
se era um louco que tinha sonhado ser poeta
ou um poeta sonhando que era louco.

O que era só o que me faltava já não falta mais.

Nenhum comentário: