domingo, julho 18, 2004

O ESCRITOR E O ESCREVINHADOR

 
No limbo claro-escuro da poesia
topo com o poeta Marcos Prado
que me estende a mão já fria
cujo aperto evito, desavisado.
 
– Você, pelo jeito, ainda com a mania
de botar em verso tudo que é besteira!
– Mas se foi você quem me pôs nessa fria
meu caro Marcos Prado de Oliveira!
 
– Naquele tempo a gente traduzia
feito riscar de novo pinturas rupestres.
– Mas decassílabos também produzia
nossa dupla de dois pretensos mestres.
 
A troca de farpas prosseguiria
não fosse a tosse santa e o sacro escarro:
sinais de fim de papo e mais poesia –
voltei à poeira e ele, ao barro.

5 comentários:

Zoe de Camaris disse...

Vou mandar esse poema para o MERDA DREAM, a comunidade do Marcos - e que já conta com a honrosa presença de Ione Prado.

Zoe de Camaris disse...

ah ..esqueci dizer que o poema está do caralho.

Zoe de Camaris disse...

ah ..esqueci dizer que o poema está do caralho.

Ivan disse...

Grato, pantera, o Marcos merece mais e melhor.
Quanto a mim, eu me blogo muito bem sozinho,
surtando ou não, viu?

Zoe de Camaris disse...

não tenho a menor dúvida, Ivan. Bloga mesmo.

bisius,
Zoe