segunda-feira, julho 12, 2004

Pesadelos Marítimos (um prelúdio sem seqüência)

Meus amores moram à beira-mar:
algumas em ilhas, outras em prédios.
Algumas, quase impossíveis de amar,
outras, longínquas vilas dos remédios.

Meu barco vai com água pelos joelhos,
tubarões rondam afiando as mandíbulas:
escrevo só pra meter meus bedelhos
em alheias cartas de amor ridículas.

Uma cegonha faz meu serviço postal:
ela e um pelicano dormem juntos há anos
mas nunca conseguiram constituir família.

Ondas varreram meu senso de bem e mal.
Isto virou soneto só graças a enganos.
Trocaria meu blog deserto por uma ilha.

Um comentário:

Anônimo disse...

agora existe um blog onde se pode ler as poesias do ivan.

magoi.