Meus amores moram à beira-mar:
algumas em ilhas, outras em prédios.
Algumas, quase impossíveis de amar,
outras, longínquas vilas dos remédios.
Meu barco vai com água pelos joelhos,
tubarões rondam afiando as mandíbulas:
escrevo só pra meter meus bedelhos
em alheias cartas de amor ridículas.
Uma cegonha faz meu serviço postal:
ela e um pelicano dormem juntos há anos
mas nunca conseguiram constituir família.
Ondas varreram meu senso de bem e mal.
Isto virou soneto só graças a enganos.
Trocaria meu blog deserto por uma ilha.
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Um comentário:
agora existe um blog onde se pode ler as poesias do ivan.
magoi.
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