segunda-feira, dezembro 05, 2011

DOZE MUSAS MUSICISTAS

Uma musa mais que rara
– sorte a qual nunca se aposta:
Nyara Costa.

Musa de pantera pele –
voz que além ninguém compara:
Michele Mara.

Mais versátil que cigana
– faz, desfaz o enredo ledo:
Anna Toledo.

Mais que o sucesso de cara –
mais que indiscutivelmente:
Uyara Torrente.

Criatividade bárbara
– mesmo se óbvio escrevo kirchner:
Barbara Kirchner.

Nota alegre ou nota séria –
mais ligada que mil voltz:
Rogéria Holtz.

Ensinando não se engana
– se até o cardo é mais – é nardo:
Ana Cascardo.

Pairam noites de Cabíria –
caprichosa feita maga:
Iria Braga.

Linda a língua que se edite
– cristalina assina ao largo:
Edith Camargo.

Compõe, canta, toca, emana –
Em latim revelo-a in nuce:
Ana Larousse.

Se a sereia vai menina
– volta máxi ou até míni:
Janaína Fellini.

Brilho que não cega ao vê-la –
dom com tom tão mais feliz
– mesmo quando a um triste trisque:
Estrela Ruiz Leminski.


* * * * * * * * * * * *

Adendo prosaico: hoje é aniversário da Ana Clara Fischer -- mais uma musa musicista que poderia perfeitamente constar nesse poema -- e com a Ana Clara eu poderia/deveria ter adicionado: Thayana Barbosa, Lívia Lakomy, Melina Mulazani, Laís Mann, Selma Batista, Etél Frota, Kátia Drumond, Helena Bel, Xanda Lemos, Cris Lemos, Tatiana Lemos, Chiris Gomes, Zelda-Gi, Márcia Pricilla, Andrea Hellena, Helena Sofia, Grace Torres, Anne Torres, Sílvia Contursi, Alexandra Scotti -- enfim, agora aqui são mais vinte e uma musas musicistas -- entre cantoras, compositoras, instrumentistas -- todas portadoras do instrumento musical natural da voz, portanto: musicistas -- e também musas inspiradoras, disso não tenho a menor dúvida -- mas por minha insuficiência calhei de escolher as doze que me surgiram antes à memória, e às quais as rimas vieram quase que imediatamente -- pois a memória, além de mítica mãe das musas, também é um pouco traiçoeira: me perdoem todas -- as acima versadas, as lembradas nesta prosa, e as muitas (inúmeras) não citadas -- nestes versos de reverso da minha melancolia, foram doze as luzes de que me vali, mais as vinte e uma que a seguir assinalei, das quais não é menor o mérito por isso -- quero deixar afinal aqui um meu genuíno desejo de que as rimas que ainda não achei encaixem-se em todos os nomes de todas, todas as que assim (e também) nas notas musicais brilham...

...

6 comentários:

billie disse...

Obrigada Ivan pelo carinho e a honra de estar entre belas e grandes musicistas! Homenagem sensível!

billie disse...

opa! aqui assino como Billie, mas sou aquela que rima com Chandon. kkkk

Panda Lemon disse...

Clap clap clap! De acordo, e muitíssimo lisonjeada!
Que belas musas bem rimadas, uma assim, seguida da outra, haja poeta pra contar tanta musicista! Estás de parabéns, Ivan! Mandaste muito bem, como sempre!
Beijos

Iria disse...

Ganhar de graça versos tão lindos é saboroso! Obrigada Ivan querido!

Ivan disse...

Muito grato:

pelos comentários da billie (que rima com chandon),

pelos aplausos de Panda Lemon (os quais muito me embevecem -- pois que a admiração e o lisonjeio são reiteradamente recíprocos),

pelo comentário da Iria, a qual não tem do que agradecer: os versos não foram de graça, mas sim uma pálida recompensa ao que ela fez e faz na cena artística curitibana.

E o negócio é esse mesmo:
elogiar em Curitiba pode até
soar meio estranho,
mas se me vierem de hortelã
eu vos castanho.

Ivan

Grace Filipak Torres disse...

Ivan, querido, tá vendo como é fácil fazer muitas mulheres felizes? E tem gente por aí que acha difícil..!!! rsrsrsrs... Beijos e parabéns.