Droga, eu sei que você deve estar
me odiando. Agora que não posso
evitar pensar em você, drogar
meu corpo no velho fundo do poço.
Droga! É impossível admitir isso,
impossível entregar o serviço,
mas vou admitir, vou entregar: sim,
droga, eu te amo. Como me amo, enfim,
como amo tudo e todos neste mundo.
Mas esqueço. Esquece. Esqueçam. Aqui
vai tudo que já vi, li e esqueci.
Agora o tempo não tem mais segundo.
Não tem mais. Acabou. Agora vai.
Você ficou, droga. Eu fui. Estou. Vou.
Sem alma. Nem corpo. Sem gol. Nem voo.
Só me resta eu me raspar sem um ai,
me depenar para eu não ser mais eu,
arrancar essa escova, -cerda a -cerda-
droga, eu sou um bosta, e você venceu.
Mas fui eu quem escreveu essa merda!
...
quinta-feira, dezembro 29, 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
merda é uma droga mesmo...
Postar um comentário