O amor em seus começos
transforma os endereços,
revira e vira avessos,
desamolece os gessos,
reinicia o mês, os
dias deslembro-esqueços.
O amor revive o inédito
chavão valor sem crédito
vulgar latim impédito
da rima aqui sem fé dito-
samente ao seu descrédito
num truque desinédito.
O amor só cola assim
repetitivo ah sim
usando de outrossim
com mais sim-sala-bim
rim-tim-tim por tim-tim
para sempre afim.
E até que o mundo entenda
da grana ou da merenda,
viva ou morta esta lenda,
aceitos estes preços,
em vinte e cinco versos
deixei semi-inexpressos
o amor em seus começos.
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sábado, dezembro 10, 2011
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6 comentários:
Ivan!!!
O amor deveria ser sempre assim... em seus começos... com toda a timidez, a delicadeza e o cuidado de quem ainda não conhece tão bem o que está acontecendo... todo amor em seu começo tem um pouco de aventura, de ineditismo...a cada beijo uma nova descoberta, a cada toque um arrepio novo... e como é bom... aiai... preciso arrumar um novo amor!!! kkkkk
O Amor em seus começos é tão bom!
Pena que ele enfraquece os fracos quando pintam responsabilidades e um filho, fruto desse amor começado, né Ivan Justen Santana?
Edin
Os começos de amor não terminam,
Edin -- fracos (e fracas) falam, fortes (de todos os matizes) fazem, -- poetas simplesmente conversam, e às vezes até falam (e fazem) amor.
Os amores começados são infinitos,
todos sabemos disso, não é-din?
Assinando até o fim,
Ivan
Já vivi amores inesquecíveis, que deixaram saudade, amizade e consciência mais que em paz.
E você?
(na verdade não tô afim de saber e nem compete a mim. esta página é aberta, desculpe a intromissão.)
Muito bem:
você não está afim de saber,
nem eu de te constranger.
Está desculpado(a) pela intromissão:
a caixa de comentários é porta de entrada e de saída, a "página" segue aberta --
dialogar é um prazer.
Ivan, dialógico verseiro e converseiro.
Todo amor, eu reconheço, é muito melhor no começo.
Por isso os fins se fazem necessários, pois depois de um fim, sempre vem um recomeço.
Oh well.
O amor no começo tem lá suas cafonices.
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