sábado, dezembro 10, 2011

O AMOR EM SEUS COMEÇOS

O amor em seus começos
transforma os endereços,
revira e vira avessos,
desamolece os gessos,
reinicia o mês, os
dias deslembro-esqueços.

O amor revive o inédito
chavão valor sem crédito
vulgar latim impédito
da rima aqui sem fé dito-
samente ao seu descrédito
num truque desinédito.

O amor só cola assim
repetitivo ah sim
usando de outrossim
com mais sim-sala-bim
rim-tim-tim por tim-tim
para sempre afim.

E até que o mundo entenda
da grana ou da merenda,
viva ou morta esta lenda,
aceitos estes preços,
em vinte e cinco versos
deixei semi-inexpressos
o amor em seus começos.

_____________________________

6 comentários:

Cris Lemos disse...

Ivan!!!

O amor deveria ser sempre assim... em seus começos... com toda a timidez, a delicadeza e o cuidado de quem ainda não conhece tão bem o que está acontecendo... todo amor em seu começo tem um pouco de aventura, de ineditismo...a cada beijo uma nova descoberta, a cada toque um arrepio novo... e como é bom... aiai... preciso arrumar um novo amor!!! kkkkk

Anônimo disse...

O Amor em seus começos é tão bom!
Pena que ele enfraquece os fracos quando pintam responsabilidades e um filho, fruto desse amor começado, né Ivan Justen Santana?

Edin

Ivan disse...

Os começos de amor não terminam,
Edin -- fracos (e fracas) falam, fortes (de todos os matizes) fazem, -- poetas simplesmente conversam, e às vezes até falam (e fazem) amor.

Os amores começados são infinitos,
todos sabemos disso, não é-din?

Assinando até o fim,

Ivan

Anônimo disse...

Já vivi amores inesquecíveis, que deixaram saudade, amizade e consciência mais que em paz.

E você?

(na verdade não tô afim de saber e nem compete a mim. esta página é aberta, desculpe a intromissão.)

Ivan disse...

Muito bem:

você não está afim de saber,
nem eu de te constranger.

Está desculpado(a) pela intromissão:
a caixa de comentários é porta de entrada e de saída, a "página" segue aberta --

dialogar é um prazer.

Ivan, dialógico verseiro e converseiro.

Panda Lemon disse...

Todo amor, eu reconheço, é muito melhor no começo.

Por isso os fins se fazem necessários, pois depois de um fim, sempre vem um recomeço.

Oh well.

O amor no começo tem lá suas cafonices.